terça-feira, 26 de julho de 2011

Passáros.

Julia estava correndo com pressa, só não sabia para onde nem por que ia tão depressa. A vida na cidade grande é assim, ninguém para respirar, mas por que não querem.
Conseguindo depois de algumas horas a pé sair de todo aquele congestionamento de infelicidade, chegou no bairro onde arrumará uma casa mais ou menos para morar.
Não era de luxo essa menina, vivia das coisas simples e do bom humor que tinha dentro de si mesma.
Gostava do céu... porém a poluição nem sempre deixava ela ver as estrelas de forma clara, nem o sol de modo forte.
Dia seguinte após uma noite cheia de pernelongos e suor, foi para seu trabalho cheio dos livros. Trabalhava numa biblioteca e se dava bem. Adorava literatura.
Leu livros, tomou café, fumou uns cigarros na sua pausa e saiu para mais uma caminhada até sua casa.
As arvores eram mortas ali no meio de tudo aquilo, o ar pesado lhe causava falta de ar... Era tudo assim, cansativo.
Olhou para o céu e viu um passáro voar. Ele brincava dando rodopietas, subia e descia, por vezes sumia de vista... mas voltava, rodando rodando... Podia perceber que não estava a procura de nada, muito menos preocupado, estava só passando o tempo, passando o tempo no céu... da melhor forma, voando! Surgiu outro passáro, se dessa vez macho ou fêmea não sei dizer.... mas brincavam, dançavam.. as asas abriam e fechavam por vezes frenéticamente, e depois deslizava por muitos segundos, tranquilas entre o vento que só encontrava lá em cima.
Passáros, quem derá Julia fosse um... pensava.
Quem derá pudessemos voar.

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