segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mas é que acontece...

Ontem eu fui dormir me odiando, e hoje acordei odiando todo mundo.
O bem da verdade é que não quero estar aonde estou. No meu quarto que mais parece uma zona de sujeira,com paredes riscadas de tinta, gelado, as cobertas estariam por cima do meu corpo, me dando um calor desconfortável e me protegendo de todos os escrotos humanos que tentassem me atingir. Ouvindo musica... eu estaria ouvindo musica! Com os fones enterrados nos timpanos, me causando uma leve dor de exagero pela altura. E não o contrário, tentando ouvir musica com cliente entrando aqui a cada cinco minutos. Engraçado ver quantas caras de merda diferente existem. Gente repugnante.
Sempre invadia a privacidade das pessoas, com a idéia errada na mente, que eu possuia esse direito. Era meia pancada da cabeça e insuportavél. Hoje eu entendo o Leandro. "Isso não é seu, é meu!"
É, mas eu dominava tudo o que era da pessoa que eu chamava e se nomeava de minha. Pelo menos eu achava que dominava.. E não é.
Vivemos encontrando novas pessoas. O tempo todo os encontramos. Muitas entram e saem em minutos. Algumas se tornam parte da sua rotina e nem por isso se tornam algo relevante. Umas entram e ficam por determinado tempo que faça você se lembrar dela por alguns meses, ou anos, depois é esquecida com a ausencia. Já outras vem pra infernizar ou, alegrar. Essas que eu classifico nos dois termos são as inesqueciveis que com certeza trouxe lições de vida.
Sendo significantes ou não, TODAS tem um passado. E todas trazem com si costumes e um modo de viver completamente diferenciado do seu, por mais que as vezes pareça ser igual. MAS NÃO É. "Você não pode ser como eu?" "Não, eu não sou como você!"
Hoje após três anos levando porrada, achando que eu era dona de todos e de tudo de todos, parei. Tomei conta da minha privacidade e particularidade, não deixando mais NINGUÉM entrar nela ou palpitar. Tomei a frase como minha "Isso não é seu, é meu!" Hoje eu entendo.
O que eu não entendia era o valor de dar mais valor a si mesmo. Li por ai que quando deixamos de pensar em nós mesmo e a pensar mais em outro alguém, é sinal que o amor chegou. Quando deixamos de nos por em primeiro lugar e a amar, tomamos no cu. O sinônimo de amor não é amar. O sinônimo de amor é sofrer. Eu vivi isso.
Durante três anos da minha vida eu me tirava do plano "eu bem estar" para por o bem estar de outra pessoa no lugar. Não me importava em ser taxada nem tratada como capacho, contanto que o outro estivesse bem e satisfeito.
E o que acontece com pessoas assim? Elas se fodem.
Pessoas assim se tornam possessivas, dependentes e irritantes. Pessoas que são tratadas com tais atos, se tornam independentes, seguras de si, se auto valorizam e criam em mente que podem mal tratar aos outros.
O bem da verdade é que: elas não estão mal tratando ou enganando ninguém. Simplismente estão dando mais valor a si, sem ser deixado sofrer.
Inseguros de si ao ver pessoas que conseguem se por em primeiro plano, as enxergam do modo mais rude da tabela dos maus conceitos. Por que estes simplismente só pensam em atenção e explicação para si o tempo todo, achando injusto serem deixados de lado por menor que seja o tempo. E isso cansa, cansa demais.
Cansaço mental perturba, fazendo cometermos atos impróprios.
Por vezes... gostaria de não amar. Desconhecer esse sentido.
Por hora acho que não sei mais amar.
O dom do ser humano de ter sentimentos é o que o destroí.
A saudade gostaria de sentir somente pelo meu pai.
O amor pela familia.
A dor só por machucados fisicos.
O sofrimento por pena de mim mesmas e pelos erros cometidos comigo própria.
Não quero mais amar amigos ou pessoas que nos proporcionam relacionamento.
Já não quero mais me sentir culpada por fazer alguém de bom CARATER chorar, sem saber ao certo por qual sentimento: raiva, decepção, tristeza, constrangimento, cansaço...
Vou parar... Talvez fosse mais digno eu ser pobre de alma.
Hoje ninguém é dono de ninguém. Não por que é regra, mas por que a independencia de todos deste pequenos está acima de tudo.

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

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