quinta-feira, 28 de julho de 2011

Leite gelado com nescau.

Um dia você levanta e se lembra de tudo o que já passou na vida. Um dia você levanta e não se lembra nem da janta do dia passado. Um dia você levanta reclamando de dores nos musculos e do cabelo em pé. Um dia você levanta não sentindo exatamente nada, e por vezes arrisca-se perguntar se está morto. Um dia você levanta puto. Outro dia você levanta num paraíso em chamas.
Hoje levantei com dores nas pernas e braços. Levantei reclamando que tinha que levantar, lavar o rosto com aquela água gelada e por mais uma roupa desconfortável para passar calor. Levantei não lembrando de nada, só das coisas mais importantes, bom, então não levantei não lembrando de nada, eu lembrei de algo.
Passei o tempo sem expectativa que ele passasse rápido, deitei na minha cama no fim do dia e nessa hora que levantei agora de pouco fui para a cozinha. Então fui lembrando.... O medo de criança de andar a noite na casa para pegar um copo de água "Mãããe, pega água na mamadeira?" O leite quente com chocolate que a vó Nair fazia nas noites de sabado e domingo... "Vó, faz leite com espuminha?" E ela chacoalhava entre um copo e outro. Coisas que vó só faz quando tu é criança... Com o tempo só se for com muito mimo, casa de vó é sempre melhor que casa de mãe. Comida também. O pedido do troco do pão, das balas, dos amigos vizinhos da rua. Pega-pega, esconde-esconde. Pular corda, jogar bola, subir nos telhados, empinar pipa a noite. Jogar a Barbie pro ar amarrada numa sacola plástica. Infancia.
E tudo isso veio em mente por tomar uma caneca de leite gelado com nescau.

Fiquei, estou feliz.

E imagine ai em sua mente, um belo e GRANDIOSO sorriso, muleque!
Hei, quem é a mãe do mingau?
Bom, meu dia foi mais ou menos assim, acordei meio dia e alguma coisa, não me lembrarei dos minutos, não me faça lembrar. Fui a pé até a padaria, cheguei lá e fui direto para o Simioni pegar o numero da minha carta.
O dia estava caloroso... e na Jambeiro um inferno, tinha um trator enorme fazendo PI PI PI PI PI no meu ouvido. E foi assim por algumas horas infelizes.
O céu claro, quente, como eu mais odeio.... Calor, calor.
A mãe do mingau é a Mãezena....
Passei a tarde toda conversando com quem me faz bem pelo telefone, recebendo mensagens engraçadas e como me fez rir. Tomei algumas latas de coca para a cafeína nutrir meu corpo e cerebro... me mantenha acordada por favor!
Mal escutei musica hoje, não vi a maldita TV, por que nunca vejo, e por que hoje não fiz questão de ligar a da padaria.. com aquele barulho todo, pra que?
E a vó do mingau? é quem?
Recebi visitas de amigos no trabalho e passei algumas horas me distraindo com aquelas conversas fiadas, que nunca tem fim, pois bobagens são sempre longas. Na verdade hoje, não estou nem um pingo inspirada a escrever por aqui... é mais mesmo para não passar em branco.
O aniverssário de alguém está chegando e não faço idéia do que dar.. como agradar? Odeio dar presentes. Não pelo fato do gastar, mas pelo fato do "a pessoa gostar!".
E quando elas fingem? Vejo sempre quem está fingindo, é sempre tão óbvio.
Eu, sou o ser humano mais dificil em expressões boas. Mesmo quando ganho algo que eu ADOREI, nunca sei se estou  conseguindo ser sincera o suficiente. Eu agradeço de verdade e gosto, mas me dá a impressão que estou sendo falsa. Rola isso com você? Como mostrar pra pessoa que você realmente gostou de algo?
Agora já pra eu fazer uma cara cinica, e ser irônica, nisso meu bem, pode contar comigo!
Ontem minha mãe, após algumas semanas com palavras entaladas na garganta veio "conversar" comigo. Sempre, sempre, que tua mãe diz: "Eu quero conversar com você" é por que ela vai gritar, e praticamente te bater.... É mãe né? Tem como fugir delas? Então ela ficou falando falando falando, e por vezes gritando sem motivo algum.. e ela gritava sempre dizendo: "TIRA ESSA CARA CINICA DAÍ!" "PARA DE ERGUER ESSA SOMBRANCELHA FAZENDO POUCO CASO!" "QUE CARA DE MERDA É ESSA?!" Pois é amigo, são coisas assim que eu não sei deter.
Mas fazer o que? Se com 18 anos eu não mudei... daqui pra frente você acha mesmo que vou mudar?
Ah, e a vó do mingau é a Véia Quaker.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Passáros.

Julia estava correndo com pressa, só não sabia para onde nem por que ia tão depressa. A vida na cidade grande é assim, ninguém para respirar, mas por que não querem.
Conseguindo depois de algumas horas a pé sair de todo aquele congestionamento de infelicidade, chegou no bairro onde arrumará uma casa mais ou menos para morar.
Não era de luxo essa menina, vivia das coisas simples e do bom humor que tinha dentro de si mesma.
Gostava do céu... porém a poluição nem sempre deixava ela ver as estrelas de forma clara, nem o sol de modo forte.
Dia seguinte após uma noite cheia de pernelongos e suor, foi para seu trabalho cheio dos livros. Trabalhava numa biblioteca e se dava bem. Adorava literatura.
Leu livros, tomou café, fumou uns cigarros na sua pausa e saiu para mais uma caminhada até sua casa.
As arvores eram mortas ali no meio de tudo aquilo, o ar pesado lhe causava falta de ar... Era tudo assim, cansativo.
Olhou para o céu e viu um passáro voar. Ele brincava dando rodopietas, subia e descia, por vezes sumia de vista... mas voltava, rodando rodando... Podia perceber que não estava a procura de nada, muito menos preocupado, estava só passando o tempo, passando o tempo no céu... da melhor forma, voando! Surgiu outro passáro, se dessa vez macho ou fêmea não sei dizer.... mas brincavam, dançavam.. as asas abriam e fechavam por vezes frenéticamente, e depois deslizava por muitos segundos, tranquilas entre o vento que só encontrava lá em cima.
Passáros, quem derá Julia fosse um... pensava.
Quem derá pudessemos voar.

Head Over Feet



Eu não tive escolha a não ser ouvir você
Você contou sua história sem parar
Eu pensei sobre ela

Você me trata como uma princesa
Eu não estou acostumada a gostar disso
Você me pergunta como foi meu dia
Você já me conquistou mesmo contra a minha vontade
Não se assuste se eu me apaixonar
Não se surpreenda se eu lhe amar por tudo o que você é
Eu não pude evitar
É tudo culpa sua

Seu amor é enorme e me engoliu inteira
Você é muito mais corajoso do que eu pensava
Isso não é da boca pra fora

Você é o mensageiro de coisas incondicionais
Você segurou a respiração e a porta para mim
Obrigada pela sua paciência

Você é o melhor ouvinte que eu já conheci
Você é meu melhor amigo
Melhor amigo com vantagens
O que me fez demorar tanto?

Eu nunca tinha me sentido tão bem assim
Eu nunca quis algo racional
Eu sei disso agora
Eu sei disso agora

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Esfriando.

Eu acabo com todos os cadernos que tem na padaria. Estava entrando em surto por que não encontrava uma maldita folha para por meus pensamentos em escrita.
A necessidade de escrever, está ficando igual a necessidade de um remédio para tratar de uma doença.
Credo, como entra gente nessa padaria a tarde. Não dá nem tempo de pensar. O pior é os clientes jogando o dinheiro pra mim como se eu tivesse quatro cabeças e oito braços.
Ah, vim trabalhar a tarde hoje, pois precisava dormir. Na verdade foi minha cama. Ela me acorrentou com os lençoes e sussurrava: "Fica comigo hoje". Com uma dessas não poderia trai-la com o balcão. Você faria o mesmo, não é?
Voltando á necessidade da escrita... Já estava escrevendo até em saco de pão. Por que sempre esqueço minha agenda? Por que sempre penso "Hoje não vou criar nenhum texto..."
A verdade é que, eu sei que vou! Só não quero mais um peso na bolsa. Bolsa de mulher né, sabe como é? Tem dias que não encontro nem minha carteira.
O tempo está maravilhoso hoje, do modo que devia ser todos os dias quando coloco minha cara pra fora do quarto, para esse mundo repleto de amargura. Está um solzinho filho da puta que quer mostrar seu brilho mas não quer sorrir, sol após chuva. Mas não choveu. O vento quer causar frio com seu gelo mas não o tempo todo, ele quer lhe causar surpresas, de vez em quando sim, de vez em quando não. Nuvens? Fecharam as faces, se cobriram com suas mascaras cinzas. Nublado!
Já disse que meu tempo preferido é esse? Já Pietra, em quase todos os textos!
Muito bem. Estou muito bem, obrigada. Eu sei  que ninguém perguntou. Mas eu não ligo! Estou só falando. A necessidade de falar, falar, falar! Compartilhar meus pensamentos da forma mais simples.
Meu Deus, está esfriando.
As mãos já estão sendo engolidas pelas duas coxas bem juntas, sentadas na cadeira, o ombro se fechando a cada soprada que o vento dá. Os pelos se eriçando como um gato perto 'dum' cachorro.
Estou passando frio.
Boa tarde.
Porém agora que estou postando, boa noite caro leitores.

Boom dia!

E nem sai da cama ainda, sinto um vento gelado vindo de lá fora, e que o dia sera muito boom!
And fly, fly away!

domingo, 24 de julho de 2011

As luzes da cidade ofuscam o céu.

Emily levantou-se da cama depois de ter ficado nela o domingo todo, olhando pro teto, olhando pro guarda-roupa, por vezes vendo vultos, vendo o ventilador girar. O gosto da vodka na parede, o cheiro do mofo na pele e o fedor de si própria no quarto todo. Foi pra rua e começou a andar, deixou os passos levarem para onde tinha que ir não sabendo aonde era. Decidiu ir por ruas que não conhecia investigando as casas e o que havia dentro delas mesmo a vida alheia não lhe sendo tão atrativa como é pra outras tantas pessoas. O mundo é muito grande e seres humanos não são nada perto que lhe compare. Uma pequena pena que um tolo passáro deixar cair em seu mar, ele pode  se irritar e simplismente nos inundar com uma espirrada. Andando para onde as pernas iam, já que sua mente não acompanhava seu corpo, se deu conta que a unica coisa que lhe acompanhava na vida era o som da musica nos ouvidos, quando acabava, se sentia sozinha. Nessas a neorose de talvez um carro passar e lhe meter um tiro já estava viva em seus olhos e desconfiava que alguém lhe seguia. Pegava ruas mal iluminadas e não sabia pra onde ia. O contraste das arvores lá em cima dando contorno ao céu lhe agradava, e as pequenas pedras que via na rua lhe passavam como pequenas casas de pequenos habitantes na terra que todos desconhecem. Nessas alguém já poderia ter morrido... O que acontece a sua volta, ao mesmo tempo que você não faz nada, e você não sabe? Enquanto andava pensava na possibilidade de quantas mais pessoas faziam o mesmo. Era assim... O mundo é assim e ninguém imagina.
Viu um passáro morto no chão. Devia ser o que soltou sua pena no mar. Mas vôou tão longe, que o mundo fez a terra lhe matar. Se sentiu cansada da morte mais uma vez...
Olhou pro alto tentando ver estrelas, mas as luzes da cidade ofuscavam o céu.


sábado, 23 de julho de 2011

Sabado.

Sempre falo dos meus domingos, mas nunca dos sabádos... vamos lá então.
Estou morrendo de sono. Sai ontem com minha amiga, ouvindo deste que estavamos em casa: "Mas a gente vai embora cedo, por que amanhã eu trabalho. 2h vamos embora, é sério!"
A banda estava ótima, eram quase 3h e estava tocando pra caramba. Fomos embora as 3h, por que ela foi se encontrar com o ficante. Concluindo, ela foi dormir tarde do mesmo modo e, eu fiquei puta.
Não queria ter ido embora tão já. E ai fulana, foi dormir cedo para trabalhar? hunf.
Bom, vindo para o trabalho hoje, vi pessoas sentadas na frente de um bar, tomando crveja despreocupadas com o dia.
Simplismente porque é sabado.
Um menino andava descontraido de bicicleta e, deveria estar preocupado somente com o que faria a noite...Se jogaria bola com os amigos, sairia ou, dormiria. Simplismente por que é sabado.
Alguns moços lavavam seus carros rindo da noite passada, esperando por mais uma de hoje, para levarem suas meninas bobocas dar uma volta. Simplismente por que é sabado.
Eu estou aqui, atrás desse balcão, ouvindo um sertanejo insuportável que a funcionaria colocou pra tocar. Fico aqui nesse quadrado até as 20h.
Droga, esqueci meus fones. Mais uma vez!
É, hoje é sabado.
A vida é sarcástica e, eu participo dela e toda sua "irônia".


                                                     ...     ...     ...

Sempre achei uma cliente que vinha aqui perturbada da cabeça. Vivia trancando o filho no carro, tratando ele aos berros e tapas. Estressada é o verbo que a descreve. Hoje, ela entrou com a mãe e com o filho para comprar pão. O menino tem o capeta encarnado no corpo. Subiu no balcão, pulou, bateu na mãe e ficou gritando "EU NÃO VOU MAIS SUBIR!"
Ai vem o ditado "filho de peixe, peixinho é."
Chegou um homem e em seguida uma mulher que se conheciam. Comprimentaram-se. E ele disse: "não não, pode pedir" Ela: "não, magina... Bom, me vê seis pães!" --' Ser humano é incrivel.
Estou comendo Suflair, por que não há nada melhor.
Passa sempre um moço aqui, todos os dias, fumando um cigarro, diz "oi". Ele paquera a moça que trabalha aqui... É casado e tem uma filha.
Hoje ele me perguntou o horario e dias que trabalho e, onde eu moro.
Homem né? É por que é homem.
As pessoas são sem noção.
"Eu trabalho de domingo até as 16h"
É caros amigos, sempre tem um numa pior que você.



                                                                 ...    ....    ....

Comecei a escrever nessas folhas enormes que embrulha lanches, por que sempre esqueço minha agenda em casa.
E por que nessas consigo escrever mais. Agora são 15:51 hr, e estou com dor de cabeça.
A Jambeiro movimentada de pessoas que estão descansando o corpo da semana que passou.
Que sooono, Quero ir embora.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Calma.

CALMA, s f. O calor atmosférico hora mais quente do dia; calmaria; tranquilidade; quietude.

As pessoas tem o costume ligeiro de lhe dizer "Calma, tudo ficará bem!", quando você se encontra em momentos não muito agéis da vida.
Dentro de nós tentamos, e tentamos trazer conosco a famosa calma.
Mas no mundo todo, onde está essa calma? Ela existe?
A calma só existe se você com si estiver calmo. O que é dificil, concordemos... Pois sempre temos alguma preocupação na cabeça, seja do trabalho, dos estudos, namorado,na familia, dinheiro, ou quando não de assuntos tão concretos, da roupa que está vestindo, do modo que seu cabelo ficou após o vento, saúde e coisas nossas.
Se existe um lugar nesse mundo, e eu sei que existe, calmo... Só estaremos calmos nele, se levarmos a calma até lá.
Calma, calma.
Eu sempre fui assim, sou agitada, não paro em um lugar só... Odeio filas, odeio esperar, odeio lugares lotados... lotados de pessoas tão insignificantes.
A minha calma vivia no estudio do meu pai. Quando eu ficava de mal comigo mesma, eu ia até lá dar um "oi", querendo dizer na intonação da minha voz "me ajuda, pai!"
Sempre quando eu virava a esquina daquela rua, o som da guitarra dele sempre estava no ar.. As risadas dos colegas, o cheiro dos microfones, dos aparelhos... sim, eles tinham e tem um cheiro.. já vinha para minhas narinas e ouvidos e me trazim muito conforto.
E por que você não vai lá Pietra?
O estudio não existe mais.
O meu refugio foi desmontado, junto com a morte do meu pai no dia 5 de Julho de 2010.
Nesse dia ai, eu estava na escola Objetivo, fazendo meu curso pré vestibular. Saia de lá sempre as 23h, raramente mais cedo quando algum professor não tão rigido nos liberava após terminar matéria.
Minha mãe me buscava todas as noites quando não era o namorado.
Cheguei em casa e fui direto pra geladeira, seca para comer algo, e então encontrei uma trufa.
Peguei a faca numa certa tranquilidade, mas com certo sentimento estranho dentro de mim.
Ao repartir a trufa ao meio o telefone de casa tocou. Minha mãe estava sentada na mesa do computador ao lado, e atendeu já no primeiro toque.
-Alo? Oi? Calma, fala devagar que não to entendendo. Quem? Lais?
Ao dizer "Lais" meu estômago gelou na mesma hora. Pois as unicas Lais que existiam eram da minha familia paterna... (ps: minha mãe e pai se separaram quando eu tinha 1 ano. Vivo com ela e meu padrasto em casa... por isso digo familia paterna, é outra, completamente diferente).
Bom, a ligação continou e eu dessa vez com a orelha em pé.
-Fala devagar... Ai meu Deus!
Nessa minha mãe começou a chorar desesperadamente, e eu já estava na frente dela, querendo ouvir o berreiro do outro lado da linha.... Ela desligou o telefone, cobriu os olhos com as mãos e disse: -Pietra vem cá, é com você.
-É comigo o que mãe?
-Seu pai filha, sofreu um acidente de moto...
(choro e falta de palavras... ofegos...)
-Ele morreu.
Minhas pernas perderam a força e eu fui para o chão.
-Levanta daí Pietra!
Levantei e andava de trás para frente, rindo, esperando uma explicação melhor que essa. Claro que meu pai não havia morrido! Como assim, o meu pai???? Meu pai? Não, meu pai não!"
-É brincadeira né mãe? Só pode ser!
E até ai eu estava calma achando que era um mal entendido.
-Quer ir até sua vó?
-SIM, agora.
No carro que me dei conta do que era a morte e de qual poderiam ser suas consequencias, ameacei chorar, mas não conseguia, nessas horas não tem explicação pra qual é o sentimento. É inexplicavel. Você se sente fora do seu corpo, fora da esfera. Cheguei na minha vó e haviam varios carros parados e pessoas chorando desesperadamente. Entrei correndo, trombei logo com meu tio...
-Cade meu pai, Bill? Cade?
-Ah Pi....
(cai na escada novamente sem forças para manter-me em pé... meu tio me abraçou junto da Lais, e choraram ao meu ombro)
Minha vó estava sem eira nem beira sentada na cadeira da cozinha, me abraçou no mesmo momento que me viu e ficava me perguntando por que.. por que... -"Eu avisava ele pra não ir pra aquele rancho, pra não andar de moto é tão perigoso, Ah Celinhoo..."
No dia seguinte, sem ter dormido nada a noite, fui acordada para ir até o velório e enterro.
Entrando na sala onde estava o corpo, várias pessoas lá dentro tomaram direção a mim, para dar algum consolo, mas pararam na mesma hora que viram que segui direto para ele.
Rasguei a merda da rendinha que fica por cima e segurei sua mão. Fiquei ali não sei dizer por quanto tempo... Eu só conseguia olhar para sua mão.
De repente ela ficou quente, e pensei que ele estava tomando vida novamente. Não... era só o calor da minha mão....
Ele estava com o rosto calmo de sempre.... E foi aí que encontrei a calma. A calma sempre esteve nele, e quando me perco comigo mesma, penso nele. Por que eu sou uma parte dele, sou o que ele deixou aqui! Sou filha do Marcelo Cardoso!
É onde eu encontro minha calma...
Calma.
Um refugio tão dificil de pensar em encontrar, mas tão gostoso quando o sinto aqui comigo. Nos sonhos, no toque dos violões.... Dentro de mim.
Essa é a minha calma. Tem como me trazerem ela de volta?
Não, acho que terei que esperar para ir até ele.
Bom, comprei um cachorro com a grana que meu pai me deixou. O Johnny Alcapone, e descobri outro tipo de distração muito bom.... por os fones no ouvido e sair dar um role com meu filhote.
Johnny Alcapone é a causa de uma perda muito grande na minha vida, e que me ajudou incrivelmente nos momentos mais dificeis da saudade e da ausencia do famoso Celão.
Cachorro terapia.
Musica terapia.
Cigarro terapia.
Vista terapia.
Quando eu tiver mais algo, coloco na lista.

É o que toca: http://www.youtube.com/watch?v=nZlnCR8nitc&feature=player_embedded


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Musica, cigarro, vista terapia.

Não vou colocar personagens dessa vez pra descrever o que estou sentindo AGORA, e muito menos ficar medindo palavras, então para começo de texto EU QUERO QUE SE FODA!
Fui lá fora, e confesso que não estou nada bem, e não tem nada a ver com bosta nenhuma que vocês achem que tem, então não me mandem comentários bestas ou tentem me consolar, ou me agredir, enciumar, ou  o caralho a quatro, por que o problema meu bem, NÃO É O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO.
Fui lá atrás de casa, e puta lugar bom. Quando fico assim, como fiz agora a uns minutos atrás, sentei lá na varanda, acendi o ultimo misero cigarro, e foi o melhor fumado.
Coloquei o som. E quando ele terminou eu coloquei de novo! Sabe como é isso? Esse som, poe pra tocar ai, agora, to mandando você seja quem for, por! http://www.4shared.com/audio/MZIM9Zp7/TVD_-_1X15_-_Above_The_Golden_.htm
É O QUE TOCA!
Fumei, e senti o maldito cheiro e gosto do cigarro penetrar minha garganta, chegar aos pulmões, sair pelas narinas, e por ultimo pela boca.. brinquei com a fumaça e esperei ela despir-se na noite nua e gelada de hoje... até que ela sumiu. De novo, o mesmo processo.
A vista.... fiquei querendo encontrar alguém em cima do telhado para conversar. Quis sair correndo,quis me jogar do alto para poder me queixar de alguma dor. A mania de sentir dor, a mania de sentir dor.
Estou carregada, cansada, quero uma vida nova, acho que quero mudar.
Pra onde? Como? MUDAR O QUE?
Tantas perguntas cansativas.
HEI, esse ponto de interrogação? SAI DA MINHA CABEÇA!
E a procrastinação para tomar banho.... levantar minha bunda daqui e ir até lá para poder dormir. Que saco!

                                                                            É A VISTA

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pietra Cardoso

                                Tem fones num braço e n'outro asas

                                

Vida na Jambeiro Costa.

Para alguns duram alguns segundos ou minutos, por um dia sim e outros não. Tem os que são diarios na mesma faixa de tempo. Depende de quem, o que faz, e quando.
Todos os dias, nos mesmos horários sento na frente, fazendo as nádegas ficarem tachadas no pequeno degrau.
Onze e vinte, vejo todos indo para casa almoçar, alguns passam lentos, outros furiosos, quietos... Depende. Depende sempre do dia.
Como é costumeiro eu sempre estar ali, uns já até acenam. Os homens que passam sendo com qualquer meio de transporte, jogam um olhar com flerte desconhecido. As mulheres dão um olhar como se fosse mortal, empinam a cara e vão embora. Mas também depende. Depende de quem.
Meio dia e vinte, o movimento intenso volta na rua novamente. Maioria voltando para o serviço... E sempre nesses horarios a padaria fica vazia, sempre tacho minha bunda com os fones no ouvido, e aprecio tudo atentamente.
Vejo os borracheiros irem e voltarem do almoço, ou simplismente encostados na parede, acompanhando cada bunda apreciavel que passa.
As motos correndo, voam pela lombada, as bicicletas hoje, fizerem um esforço a mais no guidão devido ao vento contrário.
Uns sorriem, outros sérios... timidos, de lá da frente olham pra trás a procura de uma resposta. Ousados, dizem oi e entram  comprar cigarro.
Depende, tudo depende. De quando, quem e o que faz.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Diario de Rose Eastern Perri

Rose? Menina maravilhosa, nova, já com tantos problemas amorosos, tantas lágrimas já cairam por cima das minhas páginas amarelas, mancharam a tinta nanquim, me deixando todo borrado... Rose, Rose.
Quem contará suas histórias sou eu, o diário de Rose Eastern Perri, e quem melhor para fazer isso? Sei de tudo, por cada minimo detalhe.
Quando calma, mal sentia o passar do bico de pena em minhas folhas grossas, bem tachadas na capa preta de couro, a mão macia escorregava suave, me fechava com delicadeza... Mas quando triste? Escrevia com uma lentidão pegajosa, me causava sono... as lágrimas escorriam de seus olhos e eram lambidas para dentro da boca. Rose brava as vezes me jogada contra a parede. Rasgava-me, me perfurava com força. Como era doído os amores da minha pequena garota.
Tenho linhas tortas, escritas sem pausa, rápidas e decididas. Ofegantes, estéricas, cada virada  me dava orelhas nas pontas.
Mesmo sendo todo torto, capa frouxa, borrado de linhas que decolam e caem, tenho o prazer de ser o seu diario. Menina linda, menina bela.
Bom, deixando toda a introdução de lado, vamos para o que Rose chamava de amor.
Ela se apaixonou em 1951, aos dezoito anos e, o amor sem seus olhos era claro e vivído.
Não desejava mais ninguém a não ser ele. Nessa época da adolescencia entrando na fase adulta, as paqueras e flertes vem de todos os lados, deixando qualquer um tão feliz, mas minha Rose, estava amando. E aí cabe uma diferença entre amar e apaixonar-se.
A paixão te deixa feliz, excitado com "o estar" com alguém, mas cai em dúvida se "é esse mesmo que quero?" "vou ficar com ele tempo suficiente ou vai acabar?" "...acho que vai acabar!"
São duvidas e virgulas e, nunca um ponto final. Só reticências.
O amor já não! O amor você tem certeza! Você deseja somente aquela pessoa. E estar só ao seu lado pra sempre.
As despedidas a noite de sexta-feira, são como um adeus. Deixar os lábios, o abraço, o calor dos corpos únicos, dói... é como se te repartisse ao meio. A pessoa te completa, te faz sorrir de tristeza e chorar por alegria.
Sim, quem ama serve para isso. Quem ama pensa naquele e só. Não interessa mais ninguém e pode ser quem for. Toda musica faz lembrar, todo momento você faz algo por ela.. ai ai... o amor, o amor machuca.
Quando brigam o amor vira ódio. Mas viram ódio de mãos dadas. O amor é cheio de certeza e pontos finais.
Virgula só pra dar continuidade.
Rose amava assim.
Mas chegou um dia caro leitores, que o amor de Rose quis deixa-la.
Nunca recebi linhas tão desesperadas e afogadas na mágoa como naquela noite de sabado de 1954. Dia 26 de Junho...
Serviu de tapete, pobre menina. Corria atrás, pedia perdão sobre o que não estava errada e não precisava. "Eu te amo, não me deixa"- eu disse  a ele, mas caro diario, ele não me quis, disse que por mim não sentia mais nada, por ele outra estava sendo amada, e fui deixada!"
Rose minha querida, se eu pudesse lhe escrever de volta. O esqueça minha querida. Você é nova, tantos outros ainda virão em sua vida.
Eu tive razão.
Após cinco anos o encontrou de novo. O AMOR.
Está casada a cinquenta e sete anos. De vez em quando suas filhas todas moças, me leem, riem, e acham tudo tão parecido com o que elas passam, veêm que a mãe tem razão nos conselhos que dá.
Rose me deixa no fundo de uma gaveta com os cupins tirando meu proveito. Mas o carinho por mim ela demonstra toda vez que me pega, passa suavemente suas mãos em mim "Ah caro diário, você sabe de tudo, não é? Melhor amante que você, nenhum!"

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mas é que acontece...

Ontem eu fui dormir me odiando, e hoje acordei odiando todo mundo.
O bem da verdade é que não quero estar aonde estou. No meu quarto que mais parece uma zona de sujeira,com paredes riscadas de tinta, gelado, as cobertas estariam por cima do meu corpo, me dando um calor desconfortável e me protegendo de todos os escrotos humanos que tentassem me atingir. Ouvindo musica... eu estaria ouvindo musica! Com os fones enterrados nos timpanos, me causando uma leve dor de exagero pela altura. E não o contrário, tentando ouvir musica com cliente entrando aqui a cada cinco minutos. Engraçado ver quantas caras de merda diferente existem. Gente repugnante.
Sempre invadia a privacidade das pessoas, com a idéia errada na mente, que eu possuia esse direito. Era meia pancada da cabeça e insuportavél. Hoje eu entendo o Leandro. "Isso não é seu, é meu!"
É, mas eu dominava tudo o que era da pessoa que eu chamava e se nomeava de minha. Pelo menos eu achava que dominava.. E não é.
Vivemos encontrando novas pessoas. O tempo todo os encontramos. Muitas entram e saem em minutos. Algumas se tornam parte da sua rotina e nem por isso se tornam algo relevante. Umas entram e ficam por determinado tempo que faça você se lembrar dela por alguns meses, ou anos, depois é esquecida com a ausencia. Já outras vem pra infernizar ou, alegrar. Essas que eu classifico nos dois termos são as inesqueciveis que com certeza trouxe lições de vida.
Sendo significantes ou não, TODAS tem um passado. E todas trazem com si costumes e um modo de viver completamente diferenciado do seu, por mais que as vezes pareça ser igual. MAS NÃO É. "Você não pode ser como eu?" "Não, eu não sou como você!"
Hoje após três anos levando porrada, achando que eu era dona de todos e de tudo de todos, parei. Tomei conta da minha privacidade e particularidade, não deixando mais NINGUÉM entrar nela ou palpitar. Tomei a frase como minha "Isso não é seu, é meu!" Hoje eu entendo.
O que eu não entendia era o valor de dar mais valor a si mesmo. Li por ai que quando deixamos de pensar em nós mesmo e a pensar mais em outro alguém, é sinal que o amor chegou. Quando deixamos de nos por em primeiro lugar e a amar, tomamos no cu. O sinônimo de amor não é amar. O sinônimo de amor é sofrer. Eu vivi isso.
Durante três anos da minha vida eu me tirava do plano "eu bem estar" para por o bem estar de outra pessoa no lugar. Não me importava em ser taxada nem tratada como capacho, contanto que o outro estivesse bem e satisfeito.
E o que acontece com pessoas assim? Elas se fodem.
Pessoas assim se tornam possessivas, dependentes e irritantes. Pessoas que são tratadas com tais atos, se tornam independentes, seguras de si, se auto valorizam e criam em mente que podem mal tratar aos outros.
O bem da verdade é que: elas não estão mal tratando ou enganando ninguém. Simplismente estão dando mais valor a si, sem ser deixado sofrer.
Inseguros de si ao ver pessoas que conseguem se por em primeiro plano, as enxergam do modo mais rude da tabela dos maus conceitos. Por que estes simplismente só pensam em atenção e explicação para si o tempo todo, achando injusto serem deixados de lado por menor que seja o tempo. E isso cansa, cansa demais.
Cansaço mental perturba, fazendo cometermos atos impróprios.
Por vezes... gostaria de não amar. Desconhecer esse sentido.
Por hora acho que não sei mais amar.
O dom do ser humano de ter sentimentos é o que o destroí.
A saudade gostaria de sentir somente pelo meu pai.
O amor pela familia.
A dor só por machucados fisicos.
O sofrimento por pena de mim mesmas e pelos erros cometidos comigo própria.
Não quero mais amar amigos ou pessoas que nos proporcionam relacionamento.
Já não quero mais me sentir culpada por fazer alguém de bom CARATER chorar, sem saber ao certo por qual sentimento: raiva, decepção, tristeza, constrangimento, cansaço...
Vou parar... Talvez fosse mais digno eu ser pobre de alma.
Hoje ninguém é dono de ninguém. Não por que é regra, mas por que a independencia de todos deste pequenos está acima de tudo.

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

Lourenzo.

-Qual o seu problema amigo? Quer um pouco?
E jogava sua garrafa de vodka pra cima dos mendigos que trombava naquela madrugada.
Sentava em alguns bancos, fumava os cigarros, queimava-se com a própria bituca.
-Filho da puta.
Dizia pra si mesmo coisas insignificantes e por vezes ria.
Alterado pelo alcool, no lugar do rosto das pessoas via caras monstruosas, como mascaras de terror. É o que deveriam ter de verdade no lugar do rosto, essas pessoas...
Era tudo muito injusto na própria cabeça.
Não sabia mais seguir o certo. Foi pro errado. Foi para o que era certo para si.
Se negou a dar mais de 30.000 reais para alguém que não conhecia e se formar numa faculdade, que saindo de lá, não saberia o que fazer.
Não arrumou nenhum emprego de grande cargo, mas um simples, dá pra pagar as contas e comprar o cigarro.
Anti-social. Era novo e não o viam em festas.
Era bonito com rugas de uma vivencia sofrida de longos anos que nunca viveu.
Gostava da dor. Da bebida. Da ancia do mundo.
Quando sóbrio debruçava-se por cima da janela do apartamento 101, do sexto andar, olhava pro céu limpo, as vezes sujo de nuvens cinzas, outras vezes molhado... por que se olhasse pra baixo sempre encontrava um mar de merda. Sempre o mesmo mar de merda. Preferia olhar pra cima, olhar pro nada, imaginar que tinha grandes asas negras e que voava pra longe, bem longe dali.
Teve um amor, e fora o ultimo. Depois deste não conseguiu mais amar.
Deixou disso e foi viver a vida dependendo só de si.
Até pensava por vezes, se jogar dali de cima, e manchar as mascaras de terror com o próprio sangue.
Mas pra que disperdiçar seu sangue pra pessoas que nem estrume merece como almoço? Merecem nem a merda que a comida de si próprias cagam.
Ah, cansado de xinga-los... Preferiu fumar mais um cigarro.

sábado, 16 de julho de 2011

Ando tão...

Cansada. De muitas vezes trombar com a realidade, e ver que não é nada do que eu quero ou preciso.
Tenho dor nas costas... quero dormir.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Poluição humana.

Eu geralmente crio meus titulos e depois venho com  o texto. Por mais que criar o texto primeiro, e depois ver algum titulo que se encaixe com o conteúdo, seja mais facil.
Bom, a padaria nesse horario (09:30) está sempre cheia.
Tem cinco pessoas tomando café da manhã, dois "preocupados" com o serviço falando no celular, e três que formam pai, mãe e filho, despreocupados com o dia, a não ser que o pão na chapa não queime. Alta sociedade, é assim.
Aconteceu algo terrivel hoje. Esqueci meus fones de ouvido em casa. São eles que me salvam de toda essa redoma de estresse, e me trás conforto, sentada aqui nessa cadeira alta, atrás desse balcão.
Pessoas tem mania de se complicar. Quando param o carro aqui na frente, só pra comprar alguns pães, elas deixam os filhos pequenos dentro do carro, para eles não lhes encherem o saco pedindo uma bala.
Ai surge a preocupação, se eles não vão estar se matando com o vidro elétrico. Então deixam de comprar o seu pão sossegado para ficar olhando de três em três segundos lá fora. Não seria mais confortável trazer a criança junto e gastar quinze centavos a mais em uma bala de chocolate?
Entrou mais três pessoas para tomar café, oito pessoas. Balcão cheio... isso me dá nervoso. Nem sempre sobra lugar para sentar, e atrasa o atendimento comum no balcão de pães. Então tenho que sair daqui, atender lá, voltar pro caixa e cobrar. E são sempre nessas horas que entra uma pessoa atrás da outra. O que fazer? Manter a calma e não pensar que a pessoa está achando ruim. O que se torna dificil ao ver a cara de bosta que elas fazem.
Cliente que é só cliente, não entende o que nós atendentes passamos. Não é culpa nossa que tem uma fila na sua frente, ou que nem sempre temos troco para cinquenta reais, para cobrar noventa centavos de pão.
Nem sempre temos todos os cigarros e, nem sempre temos o pão quente. Alias, não sai pão a cada um minuto da fornada. Calma, tenham calma.
Cliente folgado é foda.
O pior são os mal educados. Se esforçar para acordar as sete da manhã e ir dar bom dia para desconhecidos, abrir o maior sorriso que você pode, não é lá  coisa muito legal de fazer, muito menos abrir esse sorriso e simpaticamente dizer: "Olá, tudo bem?" e em troca receber uma cara de merda, o dinheiro jogado no caixa, e nem tchau receber. Pois é, tem gente assim no mundo, de monte!
A Jambeiro é muito movimentada, e passa cada tipinho. Como o mundo é expansivo... Você já parou pra ver tudo o que vive, acontece, e morre a sua volta? É muita coisa. Já parou pra tentar ouvir o som de cada coisa? Do motor do carro, do pneu estalando o chão, dos passos que as pessoas dão, dos acessórios mexendo, da voz, da tv ligada...e cada minima coisa... Dizem que cachorro tem a audição apurada, não é a toa que com fogos de artificio uns se escondem e outros se revoltam. Imagina se fosse com você!
Ser humano tem mania, ou melhor, vontade de causar desconforto nos outros. "Sua roupa não está boa hoje" "Seu cabelo tá esquisito!" "E essa maquiagem?" " Nossa você veio trabalhar de salto?"
Certas coisas assim cabe ver como elogio, ciumes, ou um fora?
É pra atormentar não é?
O segredo é não se preocupar e só ir respondendo...
"Sua roupa não está boa hoje" - É, e você vai sair com ela?
"Seu cabelo tá esquisito!" - Eu quis deixa-lo assim!
"E essa maquiagem?" - Foi a que sua mãe me ensinou.
"Nossa você veio trabalhar de salto?" - Sim, eu posso!
Aí você é grossa, chata e metida.
É, eu ainda não tenho um titulo pro texto.
Que tal, poluição humana?
Até a próxima.

domingo, 10 de julho de 2011

Domingo diferenciado.

Hoje não foi um domingo qualquer, ou, comum aos meus domingos.
Se tentassemos ter resolvido tudo ontem, talvez teriamos ficado em uma mais ou menos, e hoje talvez nem estivessemos juntos pelo desanimo, ou eu já teria explodido de impaciencia.
Hoje foi perfeito.
Eu costumo reclamar dos meus domingos, como em alguns post's deste, eu reclamei, choraminguei.
Nunca tive a coragem de ir até o tumulo do meu pai, justamente por não saber qual seria minha reação, em ver dele um sorriso tão lindo, pregado em um lugar que até o nome assombra, cemitério.
Você foi o conforto perfeito.
A tranquilidade da qual aderi, saindo de lá ao seu lado, de mãos dadas, com todas as lágrimas negras no rosto, foi a melhor sensação do dia.
O alivio de ter pedido o sincero perdão, foi o mais digno.
O sorriso que vi em seu rosto o tempo todo, não tem preço.
Nunca gostei de acender dois black's tanto quanto para te dar um.
Alias, nunca gostei de compartilhar meus 20 amigos com ninguém, a não ser com a Má, que me acompanha deste o primeiro. rs
Meu domingo....
Depois daquele momento, colocar minha cabeça para fora e olhar as estrelas tão vivas ali, foi um momento que a muito tempo eu desejava... você me proporcinou da melhor forma, COM VOCÊ.
Enquanto na realidade você viajava escutando Aerials, eu te olhava pelo retrovisor do carro.
Foi como saber apreciar uma cerveja, no melhor dia, do tempo perfeito, e na hora certa.

Composição.

"Do que é composta a mente das pessoas?"
Resposta do Pe: "MALDADE!"

"Esquece o nosso amor, vê se esquece.

Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece."


Eu acordei hoje, berando uma da tarde, com vontade de mijar, e nem por isso minha preguiça me permitiu ir ao banheiro. Então fiquei segurando a vontade. Olhei pro chão, peguei o meu note e entrei na internet, pra variar. Todos sairam. E pra variar não lembrarão de me trazer o almoço... tudo bem, peguei do chão o lanche de ontem e comi o ultimo pedaço já mordido. A batata frita estava mucha e enchargada de óleo...bom, não a comi.
Ontem a noite foi uma conspiração para o errado.
Um tal de Talentoso armou um joguinho pra cima de mim e do meu namorado, pra destruir a relação... claro, ele partiu de cima pra mim e fez o jogo com o Raphael... Deu certo? Bom, não sei se o meu sinismo com o do Rapha permitiu algum sorriso entrar no rosto dele, mas, pra variar, óbvio, quem errou na história fui eu. Mulher sempre leva né? Burra, mas uma vez eu fui burra.
Do que é composta a mente das pessoas? Realmente, pura maldade.
Ainda sobra alguns bons? Eu duvido.... mas alguns devem estar por ai, ou já se foram. Vaso ruim não quebra logo, não é o ditado?
Eu sempre preciso sentir algum tipo de dor quando minha vida desanda de tal forma... por isso nesses ultimos dias fiz 4 tatuagens sem parcela longa de tempo... bom, fazer o que.
É o que me acalma.
Logo farei mais uma... e será outra grande.
Meus dias andão assim, calmos para quem vê de fora.. mas dentro da minha cachola  tão turbilhada.
Sempre quando o ser humano está em uma linha reta e estável, vem uma ventania de coisas ruim, que bambeiam a corda deste seu começo, até o seu fim. Eu não consigo parar em pé nem por 3 segundos. É duro....
Tem um dia que penso que parei em pé, mas no final do dia eu caio de novo.
É assim com todo mundo?
Quando tudo vai muito bem, tudo que há de ruim acontece numa pancada só.
Não conheço ser humano que vive bem e só bem.
Você conhece? Você é assim? Me dá a receita, por favor?
E ai eu levantei, e fui mijar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Verdadeiras identidades.

Eu coloco muitas vezes em meus textos, eu como a personagem principal, ou como terceira, ou os crio, crio situações, invento... As vezes só quero por as identidades verdadeiras.
Meu modo de escrever é brusco. Não tento ser amigavel, por que eu não sou.
Não me apresente a uma roda de pessoas, eu não vou me associar.
Não me force, ou, não venha sendo simpático comigo, não vou virar sua amiga do nada.
Eu não confio em ninguém.
Meu ex chama Leandro Polette. E hoje ele veio em casa dizer que não me quer mais, que está com outra a um mês, que não há mais sentimento algum por mim.
O que? Se eu tenho vergonha disso? Não, por que? Por que você é fraco, pra sentir? Você sentiria?
Meu Pai chama Marcelo Cardoso, e ontem fez um ano que ele faleceu, acidente de moto.
O que? Se eu fico triste? Claro que eu fico, sou humana, certo? Como foi o acidente? Ele não sofreu nenhum arranhão, ele quebrou o pescoço. Eu o amo, e é o unico homem da minha vida. Ninguém o substitue, não irá substituir.
Minha mãe se chama Paula Regina do Nascimento de Souza. Ela acha que eu sempre estou mentindo pra ela.
O que? Se eu me preocupo? Não, todo mundo mente pra mãe, quase todo dia. Por que a gente é filho. Só os pais que não se lembram que eles também foram e fizeram as mesmas coisas.
Minha melhor amiga chama Marina Cunha. Ela é louca e grita quando dirige, e diz "uhul" quando tatua.
O que? Se eu tenho vergonha? Não, eu amo ela. Ela me entende muito bem, embora seja bem estressada.
Meu namorado se chama Raphael Maramaldo.
O que foi? Você não sabia? Ele me entende sempre. Isso me causa alivio. Isso fará com que eu durma muito bem.
Meu amigo de alguns anos se chama João Paulo. Ele é um grosso.
O que foi Pe, achou ruim seu cavalo? Hoje você me disse boas verdades e  pela primeira vez concordei com você!
Meu irmão se chama Caio Minelli.
O que? Não, não é o Caio Souza meu irmão de três anos, é Caio Minelli mesmo... meu amigo de puxões de orelha.... só ele lê meus problemas... só ele desce na praia me ver... Só ele me xinga de verdade.
Meu nome é Pietra Natalia Cardoso.
O que? Você achou que minha vida fosse perfeita e eu fosse uma amargurada que escreve textos depressivos da minha rotina de sempre?
Não, eu sou comum como você, filho da puta.
Boa noite.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Erro.

Por que ser humano gosta de errar tanto na vida? Mesmo quando o óbvio esta na cara?
Burra. Eu fui burra!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pai

Ah Pai, como eu queria que você estivesse aqui embaixo. Mas você, você está mesmo "aí em cima"?
Se você estivesse aqui ainda, já teria te ligado e teria dito "Paaai" com aquele ar melancólico, triste, sem esperança, sem foco, já esperando pelo "O que foi dessa vez filha?" como se dissese "De novo? Já falei disso com você, ai aiiii Dona Pietra!"
Tem como você ler isso?
Aí tem internet?
É mesmo do modo como se lê nos livros? Seus violões e guitarras estão ai? Você faz show's de rock? Ou você não faz nada? O que você faz ai em cima pai? Você ainda está dormindo? Já acordou? Já foi curado por dentro? Se deu bem? Cade você pai? Por que pai? Por que? Foi tão cedo, de modo tão rápido, tá tudo uma merda aqui sem você!
Desculpa Deus. Ouvi falar que não se pode reclamar pra quem se foi, não é? Mas é que ninguém aqui é mais criança.
Então eu posso reclamar pra você, Deus?
Por que tirou ele de mim, assim?
Por que um homem tão rico em bondade, e em dons como ser musico e ser homem de verdade. Pai que criou a filha dando todo o amor e tudo o que podia. Pai, que acariciou minha cabeça quando pedi colo.
Por que Deus? Seu estúpido! Menino mal!
A vida é injusta não é? É tão injusta quanto os próprios seres humanos que vivem nesse mundo sujo, por que é só gente fraca e corrupta. Gente cheia de verme. Gente BURRA.
Porque Deus. Por que você coloca tanta gente assim no mundo?
E eu ouvi falar que "é tão bom quando tudo dá certo, sonhei com quem quero e desperto feliz..."

Nublado.

E hoje, caro senhores e senhoras, telespectadores do meu diário triste e melancólico, sem surpresas ou volupias, está nublado!
Ah está nublado, no céu não vejo o maldito sol e nem a tão chata e gostosa chuva. Não arde meus olhos e pele e não resfria meu nariz.
Maldito dia nublado, que me trás lembranças boas, que me trás de volta certas revoltas.
Dia que me inspira a escrever um monte de merda. Dia que me inspira a mandar todos pro inferno.
Ah querido, Lucifer, vamos fazer um pacto? Eu rezo por você e tu fodes quem eu pedir com um pato?
É, foi só mesmo para rimar.
Bom dia. Agora vou desenhar.