domingo, 7 de agosto de 2011

Madrugada.

-Não, a cobra tem duas costelas, que quando digerem um animal, tais vão fazendo esse movimento, que quebra todos os ossos... Depois ela vômita e come.
-Sério? Como será um humano vivo dentro de uma cobra?
...
Por assim foi uma conversa entre cobras e exorcismo numa madrugada de sabado para domingo. Fora a TV o silêncio contaminava toda a casa, e os olhares perdidos entre a pizza, o teto e os rostos estavam sempre ali, vagando, procurando algo a mais, mais belo para olhar, a não ser pro amor ali dito.
Alguns minutos cochilei e acordava assustada com os ruídos do filme.
Virei-me pra ele.
-Eu vou virar, deita em cima de minhas costas?
-Deito.
O calor da pele tomou minha face, e logo já não sentia o frio do edredon. Me confortei por alguns minutos e não resisti a sua pele... Comecei a beija-lo lentamente, carinhosamente, como se beijasse uma criança... Porém beijava um adulto, um adulto vuneravel a caricias propicias ao sexo, ao amor, ao dominio humano corporal.
Entre passadas de minha lingua em sua carne, arriscava algumas mordidas fracas... escutava suspiros, alguns gemidos.
Ele logo dormirá. Por ali apaguei também. Apaguei em cima de um corpo dito e desejado meu.
Despertamos.
-Obrigado. -Disse ele.
Deitei ao lado, e dessa vez com os olhos bem arregalados ficamos nos encarando.
Assim entre beijos e, outras tantas reclamações de ter que levantar, passamos nossa manhã...
Vimos o sol nascer na manhã de domingo, a neblina dominando as arvores e plantações naquela estrada de terra, onde acabada, começa um tunel de galhos...
Cheguei em casa. Agora o estou esperando anciosa... Que horas será que vem?

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