terça-feira, 24 de abril de 2012

Alguma hora.

Cansada ou não, ela estava com a cabeça enterrada entre os braços cruzados naquele balcão de marmore de cor morta repleto de doces e balas.
Pensando ou não, em que horas iria embora para poder dormir ou ficar 3 horas embaixo do chuveiro com o travesseiro.
Querendo ou não, que entrassem pessoas naquele quadrado para a hora passar, ou que não, para continuar ali, com a cabeça enterrada entre os braços cruzados naquele balcão de marmore de cor morta, repleto de doces e balas.
Cossando os olhos e, os fechando com arrepio das unhas compridas, ou não.
Estralou o pescoço, viu os pelos do braço arrepiar, escutou a água do asfalto crespitar ao som do fusca á passar.
14:40 e parece que nunca sai das 14:40.
14:50 e parece que nunca sai das 14:50.
Parece que nunca sai do mesmo lugar.

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