Ah, meu corpo
Já não aguenta mais com o próprio peso
Com a canseira que esses dias tem o pesado
Com os versos duros que anda escutado
Com as cenas que olhos gravam e gelam,
Como se fossem fotografias velhas, que vem dolorosamente do passado.
Ah, meu corpo
Já não aguenta mais a repugnancia
A violencia dos atos que eram para serem tão simples
A ignorancia dos ignorantes que assim se fazem.
Ah, meu corpo
Pede a bebida
Pede o vinho quente que queima a própria garganta
Pede o cigarro que inala as narinas
Pede a dança lenta
Pede um amor.
Ah, meu corpo
Morre de tanto desejar.
Morre de tanto esperar.
Morre por se suportar.
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