terça-feira, 24 de maio de 2011

Hoje.

Não lembro mais como iria começar este texto. Tinha formado em minha cabeça palavra por palavra. Só por que decidi passar para o papel, esqueci tudo!
Calma, tentarei lembrar.
Ah sim, me lembrei, bom, era mais ou menos assim...
Todos os dias, sete e trinta e quetro, trinta e cinco da manhã, naquela mesma rua quando entro, bate o sol nos meus olhos. Você nunca o vê de verdade, não é? Você não consegue. Queima, é tão filho da puta. Reflete raios amarelos. Mas ele mente, a claridade é branca. E daí que é fogo? Olhe bem para ele, olhe... se você se cegar o problema vai ser seu.
Eu estou agoniada. Quando você quer algo mais não sabe o que, precisa de algo mas não sabe como, quer fugir mas não tem saída. Quer gritar, mas não pode, ou não valheria a pena. Geraria dor em minha garganta, falta de voz e, não resolveria meus problemas, que eu mesma não sei bem quais.
Ando aflita, esperta, com a armadura em posição esperando algo/alguém me atacar.
A vontade de dormir doma o meu corpo. Supri minhas energias, tira-me o apetite. A cama me chama e, por lá quero passar dias e noites, no meu quarto gelado, embaixo daquelas cobertas, senti-las me engolir e criar uma sarna do meu próprio corpo. Até não aguentar mais, não conseguir segurar mais a vontade de urinar, evacuar, me enfiar embaixo de uma água corrente fria, (por que assim soa mais apropriado para o texto, do que dizer me enfiar em um chuveiro). Sentir toda a pele eriçar, as mãos trêmulas pelo frio, bater os dentes, sentir algo, que ainda estou viva, que tenho reações que meu cérebro tão agitado, desgasto, manda para meus nervos (que pulsam estéricamente desejando perfurar-me) e, correr, correr para outro corpo, mais útil que o meu, que ama, mais sofre por mais. Não sabe o que quer, por quem, quando, como, porque?
Quero renovar a vida? Pessoas? Amores? Casos? O fisíco?
Me julgariam mal carater se eu fugisse?
Talvez seja mais fácil esperar que o abraço da morte me venha.

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