quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nino Qüampeux.

Seis horas da manhã, de um dia qualquer de 1923, nasceu Nino Rodriguez Qüampeux.
Deprimido, seguia ordens do pai e, apanhava na escola.
Era filho de dono de terras e fazendas, tinha o que queria se ficasse o dia todo a estudar música clássica.
Seguiu a vida dessa maneira até os vinte e três anos.
E então as seis horas da tarde de um dia qualquer de 1946 conheceu o amor.
Charlotte tinha os longos cabelos encaracolados, pele clara como areia fina. Era filha de empregados e recolhia a uva para o vinho.
Foi quando estava com seu vestido longo azul, sentada a beira de um lago, onde o gramado soprava-lhe o tecido, que Nino a viu. Quando os grandes olhos castanhos de Charlotte brilharam, coração de menino sorriu.
Verão de 1948, Nino queria casar, Charlotte aceitou, mas por recusa dos pais, fugiram e foram se amar.
Numa pequena casa eles foram morar, terraço de madeira, cadeiras de balanço e, céu aberto para namorar.
Charlotte andou estranha e, então a traição.
Nino descobriu.
Sua liberdade, alegria e euforia se fora, vendo a cena de Charlotte com outra pessoa na cama.
Os dias acabaram ali, e então as vinte e quatro da noite, de um dia qualquer de 1952, o gramado que soprou os tecidos do vestido azul, para Nino, soprou a morte.
"Nino Rodriguez Qüampeux, vinte e nove anos, filho de Senhor, suicida-se a beira do famoso lago Azar, na pequena vila das Paixões. Que Deus o tenha, tenham um bom dia qualquer, Jornal dos Coitados."

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